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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Estudo do Comportamento

Nesse texto convido vocês a entender um pouco sobre uma das três teorias da Psicologia do século 20.
Foi John B. Watson que inaugurou o termo Behaviorismo, que vêm do inglês behavior e significa comportamento, sendo assim o comportamento do ponto de vista do Behaviorismo é o objeto de estudo da Psicologia, que alcançou com isso o patamar de ciência. Segundo Watson alguns estímulos levam o organismo a emitir respostas.
Vamos entender melhor quais são esses estímulos e essas respostas através do estudo dos diversos comportamentos.
O comportamento respondente é o que temos automaticamente, muitas vezes sem nem percebermos, porém não existem muitos desses comportamentos que podem ser chamados de comportamento respondente natural ou estímulo incondicional, mas existem vários estímulos condicionados que é a união de um estímulo incondicionado com um estímulo neutro que passa a receber a mesma resposta do estímulo incondicionado.
O principal behaviorista depois de Watson é B. F. Skinner, a sua linha de estudo ficou conhecida como Behaviorismo radical e a base de sua corrente está na formulação do comportamento operante. No comportamento operante o organismo age sobre o meio e recebe um efeito resultante dessa ação. Esse comportamento pode ser representado por: R→S que significa a resposta leva ao estimulo reforçador, esse estímulo pode ser chamado apenas de reforço.
Esse reforço é conseqüência de uma resposta, que pode alterar a repetição dessa resposta no futuro, os reforços podem ser: positivos (oferece algo desejado ao organismo) e negativos (permite a retirada de algo incomodo, estimulo aversivo). Os eventos reforçadores podem ser divididos em primários, que são os estímulos básicos para sobrevivência (alimentos, água, afeto) e secundários, que são os que nos fazem chegar aos primários (dinheiro). Já o reforçamento negativo possui dois processos importantes, são eles: esquiva, que com a percepção de um primeiro estimulo aversivo, reforçador negativo condicionado (aprendido) tenta-se evitar o segundo estímulo que também é aversivo, essa ação de tentar reduzi-lo é reforçada pelo comportamento operante, o outro processo importante é o de fuga, que também tenta evitar o estímulo aversivo, porém este já está em andamento essa tentativa se dá fugindo do mesmo.
Além desses processos a Análise Experimental do Comportamento formulou mais dois: o de extinção, que pode fazer a resposta deixar de ser emitida; e o de punição, que pode ser a resposta a um estímulo aversivo ou a retirada de um reforçador positivo.
No Behaviorismo existe ainda um estudo do controle que o ambiente exerce sobre nós, sobre esse assunto são apresentados dois importantes processos: o de descriminação e o de generalização.
No discriminatório o indivíduo é capaz de emitir respostas diferentes para estímulos semelhantes. Já a generalização, ocorre por confundirmos estímulos diferentes emitindo a mesma resposta como se eles fossem o mesmo estímulo.



quinta-feira, 28 de abril de 2011

De onde veio a Psicologia Cientifica

Para melhor compreensão convido todos vocês a um mergulho profundo na história.
Desde que o homem se entende por homem ele tenta explicar tudo o que acontece ao seu redor e porque acontece, e como a Grécia é considerada o berço da civilização ocidental, foi lá que foram criadas varias explicações para tudo o que acontecia, essas tentativa de explicação do mundo fez surgir vários deuses, dessa forma a Grécia era conhecida por ser fértil de explicações míticas para tudo o que acontecia, já que nessa época ainda não havia explicações científicas. E todas as explicações que os gregos davam tinham relação com os seus deuses, porém apesar de serem explicações míticas elas tinham certo fundamento, ou melhor, tinham uma linha de pensamento.
Na Antiguidade os gregos foram os povos mais desenvolvidos e foi lá que surgiram os primeiros filósofos. Os filósofos pré-socráticos (antecessores de Sócrates) se preocupavam em estudar a relação do homem com o mundo através da percepção que o mesmo tinha do mundo. Esses filósofos eram divididos em materialistas (pessoas que se ligavam no concreto) e idealistas (pessoas que se vinculavam ao mundo das idéias). Porém foi Sócrates que mais tarde deu consistência a Psicologia na Antiguidade através do pensamento de que o que diferencia o homem dos outros seres vivos é a nossa capacidade racional. Depois veio Platão que entendia a alma como algo separado do corpo, para ele existia um mundo perfeito que seria o mundo das idéias e ao nascermos um pouco desse mundo era colocado em nós – o que seria a alma – então o conhecimento nascia conosco e quando morrêssemos nossa alma voltaria para esse mundo perfeito. Já para Aristóteles a alma e o corpo não podiam ser separados e o ser humano não nascia com o conhecimento, ele adquiria na natureza.
Adiantando-nos mais um pouco na história.
O Império Romano cresceu a partir de apropriações ou subordinações dos territórios agregados ao Império Romano, porém os romanos só se interessavam em arrecadar impostos e não se preocupavam em dominar a religião, por tanto a mesma era livre, no entanto depois que o exercito romano chegou a Grã-Bretanha passou a se sentir necessidade de se controlar a religião, decorrido algum tempo a Igreja Católica começou a ganhar força entre os indivíduos, percebendo isso Constantino então governador de Roma declarou o cristianismo como religião principal. Foi a partir desse momento se teve uma interrupção no avanço da ciência, pois a Igreja Católica reservava os estudos para si.
A ciência só voltou a avançar no período do Renascimento, onde se teve um avanço na produção de conhecimento o que estabeleceu métodos e regras para a construção do conhecimento cientifico. Nesse momento apareceu a racionalidade do homem como grande possibilidade de construção desse conhecimento, surge também à busca pelo conhecimento rigoroso e a necessidade dos homens desenvolverem novas formas para se obter conhecimento. Foi nessa época que surgiu Hegel que se importava com a compreensão do homem, porém foi a lei de Fechner-Weber que deu a possibilidade de medida dos fenômenos psicológicos e a partir daí esses fenômenos são considerados científicos.
O pai da Psicologia científica é Wilhelm Wundt, pois foi ele que criou o primeiro laboratório para fazer experimentos na área da Psicofisiologia e também por ter contribuído com várias teorias da área.
O surgimento da Psicologia científica aconteceu no século 19 na Alemanha, seu status de ciência foi sendo conquistado a partir do momento que ela se distanciava da Filosofia, passando a definir seu objeto de estudo, a forma como eles seriam estudados e a criação de teorias na área, sendo que tudo isso deve obedecer às regras do método científico.
Nos EUA a Psicologia teve um grande avanço que deram origem as primeiras abordagens e posteriormente a várias teorias, essas abordagens são: o funcionalismo (sua preocupação era com a consciência e sua compreensão); o estruturalismo (também se preocupa com a consciência, porém do ponto de vista estrutural) e o associacionismo (a aprendizagem se dá através da associação das idéias). Porém essas abordagens foram substituídas no século 20 por três teorias da Psicologia: o Behaviorismo (tinha foco no comportamento); a Gestalt (compreensão do homem como totalidade) e a Psicanálise (tem como objeto de estudo o inconsciente).

O homem aprende a ser homem???

Vamos tentar compreender o que afinal é o bicho homem?
Bleger em seu livro psicologia da conduta aponta três mitos filosóficos sobre a idéia do homem já nascer pronto:
· O mito do homem natural – o homem já nasce com características que o torna bom, mas com o decorrer do tempo ele é corrompido pela sociedade;
· O mito do homem isolado – caracteriza inicialmente o ser como ser não-sociável, mas que com o tempo sente necessidade de se relacionar com outras pessoas;
· O mito do homem abstrato – o homem não é afetado por fatos históricos nem pelo meio em que vive.
Como foi dito anteriormente isso são mitos, o homem não pode ser entendido se não levarmos em consideração a sua história, o meio em que está inserido e suas relações sociais.
Agora vamos nos aprofundar um pouco tentando nos entender através da Biologia e da Psicologia.
O homem é um ser dotado de genes que determinam algumas características físicas e biológicas, porém o que torna o homem individual e particular são as características que ele adquiri através do ambiente em que vive, pois tudo o que sabemos fazer aprendemos através da nossa vivencia.
Do ponto de vista da Biologia o ser humano já nasce homem, porém para a Psicologia o ser humano quando nasce é considerado apenas um ser vivo como outro qualquer, pois ele precisa adquirir conhecimentos através de outros indivíduos para poder se tornar um ser racional e é isso que nos diferencia dos outros seres vivos, ou seja, para a Psicologia o individuo aprende com outros homens a ser homem.

Psicologia Social?? Do que se trata??


Vamos entender um pouco de psicologia social? Mas para isso precisamos primeiro de uma breve explanação do seu contexto histórico.
Foi na década de 50 que começou a se pensar em Psicologia Social, inicialmente ela tinha uma tradição pragmática norte-americana (que tentava minimizar os conflitos) e a tradição filosófica (que buscava modelos científicos). Porém em 1976 países do terceiro mundo na América Latina não aceitavam mais a psicologia pragmática dos EUA, com isso alguns deles formaram associações para melhor explicar a psicologia social de acordo com o contexto histórico e cultural em que viviam.
A psicologia social se torna dificil de ser compreendida porque ela tenta entender o individuo, porém o individuo e o meio ambiente em que vive não podem ser separados e cada ambiente e individuo tem características especificas, sendo assim quando um individuo altera o meio em que vive ele será modificado de uma forma, mas se o mesmo individuo estivesse em outro ambiente ele seria modificado de forma totalmente diferente. Então não há como se aplicar a mesma regra em tempo, espaço e com individuos diferentes. Foi por isso que países da América Latina se revoltaram quanto ao modelo dos Estados Unidos. Desta forma o individuo deve ser visto como produto ( o meio muda o individuo) e produtor ( o individuo muda o ambiente) da sua história pessoal e social.